Como Cuidar da sua Moto
Saiba como fazer um checkup na sua moto. Dicas sobre freio, motor, bateria, carenagem, óleo, corrente e pneus. Em
um recente levantamento feito pela Abraciclo (Associação Brasileira dos
Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e
Similares) foi detectado um dado alarmante. O estudo apontou que 90% das motos
em circulação na capital paulista apresentam alguma necessidade de manutenção e o detalhe fica agravado pela deficiência de um ou mais
itens. Quase metade das motos inspecionadas tinha falhas em mais de quatro itens. Os
dados apresentados mostram que a manutenção das motocicletas é muito
precária, o que pode comprometer o funcionamento e até mesmo a segurança
do trânsito.
Boa parte dessas motos é utilizada por motoboys, que
fazem uso profissional do equipamento e em razão disso deveriam se
preocupar mais ainda com a manutenção.
Para quem faz questão de andar seguro, segue uma lista de itens que devem ser inspecionados periodicamente.
Pneus
O segredo é manter a calibragem bem ajustada, pois o pneu precisa estar aderente ao solo para que o condutor tenha toda segurança durante a pilotagem.
Não esqueça que ao carregar alguém na garupa é preciso aumentar a pressão do pneu traseiro.
Já
o dianteiro deve usar em torno de quatro libras a menos, pois o volume
cúbico é menor quando comparado ao que vai na traseira.
A calibragem varia de acordo com as medidas do pneu, porém sempre são divulgadas tanto pelo fabricante da moto
quanto pelo fornecedor do pneu. É importante ficar atento aos detalhes,
pois o pneu esquenta com a rodagem e isso provoca uma dilatação do ar, o
que pode aumentar a calibragem em até 6 libras.
Assim
sendo, tenha em mente que ao calibrar o pneu a pressão vai aumentar e
em uma viagem, por exemplo, o pneu pode ficar muito duro, vai perder
aderência e isso o condutor
vai sentir mais durante as curvas. Para andar na cidade mantenha a
calibragem justa, mas ao ter que trafegar por distâncias maiores, como
na estrada, por exemplo, ajuste a calibragem para menos, a fim de
compensar o aumento da pressão. Uma dica legal é calibrar com
nitrogênio, pois o ponto de dilatação é mais elevado , o que mantém a
calibragem mais estável e por mais tempo.
Outra preocupação com os pneus
está no momento de fazer a troca. Ao escolher um local para esse
serviço confira se a máquina de montagem é mesmo para motos. Esse
cuidado é essencial, principalmente para as rodas raiadas. Geralmente os
pneus originais agüentam em torno de 10 a 12 mil quilômetros, mas
independente da quilometragem é importante ficar atento ao friso na
faixa central. Quando perceber que tem falhas, ou seja, está gasto, não
bobeie e procure fazer a substituição o quanto antes. Certa
instabilidade também pode denunciar o momento da troca, assim o
fundamental mesmo é não estender a substituição.
Para
escolher o pneu certo, o melhor é manter a versão original de fábrica,
mas como existem vários tipos de pneus, o condutor pode optar por uma
versão de composto mais duro, que vai durar mais, porém menos eficaz
para aqueles pilotos que pretendem andar mais forte, utilizando toda a
capacidade do pneu. O composto do tipo mais macio por sua vez vai durar
menos, entretanto conta com a melhor aderência e isso se converte em
segurança. Para todos os fins, sempre é bom seguir a recomendação do
fabricante da moto, mesmo para fazer alterações. Após a troca lembre-se
de que todo pneu vem de fábrica com uma camada de cera bastante
escorregadia. Assim, evite forçar as acelerações nas primeiras voltas,
principalmente nas curvas.
Corrente
A corrente é responsável por transmitir o torque, ou seja, a força
gerada pelo motor às rodas. Contudo, a necessidade da corrente é apenas a
lubrificação, que deve ser feita a cada 500 km. A lubrificação da
corrente evita o desgaste excessivo e por conseqüência a necessidade de
troca de uma relação, composta por pinhão, coroa e corrente, o que não é
nada barato. O lubrificante mais recomendado para fazer a lubrificação é
óleo do tipo 90, que é bem grosso. Outra opção a ser empregada é a
graxa náutica. Sua vantagem é não sair com água.
Freios
Existem dois tipos de freio. Um é modelo a tambor e o outro a disco.
A
tambor a manutenção é mais simples e mais em conta, porém esse modelo
não é tão eficaz quanto o freio a disco. O modelo a tambor sofre mais em
condições adversas, como por exemplo, em dia de chuva. Entretanto, se
bem regulados funcionam adequadamente. Esse é o cuidado a se tomar. Como
ele não se ajusta automaticamente é muito importante sempre manter
ajustado a folga do cabo ou do varão de acionamento do freio. No freio
dianteiro é recomendável observar o estado do cabo de acionamento,
sempre mantendo a lubrificação. Caso entre água no tambor, as lonas
podem acumular sujeira e gerar ruídos durante a frenagem. Isso não é um
problema, mas exige atenção e com o tempo a devida manutenção.
No
modelo a disco, por ser hidráulico ele se auto-ajusta, mas é preciso
conferir sempre o nível de fluido do reservatório, geralmente no guidão.
Muitas vezes, quando o nível baixar não será indício de que o fluído
vazou e sim que está na hora de trocar as pastilhas.
Óleo do motor
Dizer para seguir a recomendação do fabricante, não é nada mais que o
correto, mas é também o que ninguém presta atenção. O ideal é trocar o
óleo do motor da motocicleta a cada 3.000 km, sempre em conjunto com o
respectivo filtro.
Em alguns modelos de baixa cilindrada o
fabricante recomenda a troca entre 1.000 km. Por isso é recomendável
sempre seguir as instruções do manual do proprietário. O tipo da
composição geralmente é mineral, já que boa parte das fábricas de motos
evita o uso de óleos com base sintética.
Lembre-se que uma vez que
o óleo esteja no motor, independente da quilometragem ele deverá ser
substituído em no máximo seis meses. Motos de baixa cilindrada e baixa
rotação o mais recomendado é o óleo do tipo 20W50, uma versão muito
utilizada nos carros. Já as motos de maior cilindrada e também de giro mais elevado, o ideal é colocar óleo do tipo 20W40.
Apenas
para ilustrar, as motos de alta rotação são aquelas que andam em torno
de 6 a 15 mil giros, ou seja, RPM (rotações por minuto). Com o óleo do
motor de uma moto, aliás, para qualquer motor, é importante manter
sempre o controle do nível de óleo, pois só assim é possível manter o
correto funcionamento.
Bateria
A parte elétrica de um determinado modelo pode ser mais complexo, dotado
de diversos equipamentos, mas independente disso, o que o condutor
nunca deve deixar de examinar é a bateria. Ao menos uma vez a cada seis
meses o nível da água da bateria deve ser verificado. Alguns indícios
podem denunciar a falta de solução na bateria, como por exemplo, quando o
farol enfraquece em marcha lenta e fica forte ao acelerar, ou então
quando o pisca é acionado e a luz em geral pisca junto. Se isso ocorrer é
sinal de a bateria está enfraquecendo e precisa urgentemente de ser
completada. Ao deixar a bateria sem solução por muito tempo, de uma hora
para outra o condutor pode ficar na mão.
Carenagem e suportes
Se a sua moto tiver carenagem é
fundamental fazer um reaperto ao menos a cada dois meses, pois a
vibração do motor tende a afrouxar os parafusos. O mesmo cuidado deve
ser estendido para os suportes em geral, como por exemplo, um
porta-bagagem, painel e acessórios variados.
Certo pessoal ai esta como cuidar de algumas partes de sua moto.
Dicas bem uteis para aqueles menos entendidos parabens
ResponderExcluirDicas bem uteis para aqueles menos entendidos parabens
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